Da Redação – Mariana Freitas
O centro histórico de Cuiabá vem sendo foco de debates sobre a falta de segurança e preservação do espaço que representa as origens da capital. Apesar de inúmeras iniciativas públicas tentarem revitalizar o centro, nenhuma teve êxito. Entretanto, um novo projeto pretende trazer uma política de habitação e conservação para os imóveis mais degradados.
Lançado em fevereiro deste ano, o projeto Canteiro-Modelo de Conservação em Cuiabá é resultado de Termo de Execução Descentralizada (TED) firmado entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Com investimento de R$ 5,5 milhões, a iniciativa visa oferecer assistência técnica gratuita de serviços de arquitetura e engenharia, desde projetos até obras de conservação para famílias de baixa renda.
Sendo uma política de habitação em conjunto com uma política de patrimônio, o objetivo é oferecer moradia de interesse social no centro da cidade, ao mesmo tempo em que garante que o espaço seja preservado pelos moradores que estão ocupando esses imóveis. Também será oferecido oficina de capacitação e formação de mão de obra qualificada para trabalhar em obras de conservação e restauro.
Ao Olhar Direto, o arquiteto Diogo Herberto Neumann, um dos membros da equipe criadora do projeto, disse que é uma iniciativa indispensável para a conservação do centro histórico.
“É um projeto muito acertado em termos de política social porque trata de moradia, trabalhar no sentido de trazer as pessoas para o centro da cidade, movimentando o local, o comércio e conservando as edificações”, declara Diogo.