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Design sem nome
Design sem nome

Museu se torna “alien amigável” em meio à arquitetura histórica de cidade na Áustria

Peter Cook e Colin Fournier imaginaram a instituição como uma estrutura biomórfica diferente de todas as construções ao seu redor

O museu é equipado com uma tecnologia que transforma a sua fachada em uma grande tela de baixa resolução — Foto: Marion Schneider & Christoph Aistleitner/Wikimedia Commons

O museu Kunsthaus Graz foi construído como parte das celebrações da Capital Europeia da Cultura em 2003 e, desde então, tornou-se um marco arquitetônico em Graz, na Áustria. Seu programa de exposições é especializado em arte contemporânea.

Para escolher os responsáveis pela construção do museu, uma competição internacional foi lançada em 1999. A proposta deveria incorporar a histórica Casa de Ferro (Eiserne Haus) e reimaginar a identidade da cidade de Graz. A competição recebeu 102 inscrições de arquitetos aclamados, incluindo Zaha Hadid, Coop Himmelb(l)au, Morphosis e Klaus Kada, apresentando uma ampla gama de estilos arquitetônicos.

O júri selecionou por unanimidade o design ousado de Peter Cook e Colin Fournier. A proposta deles se destacou por desafiar as tradições arquitetônicas medievais e barrocas da cidade. O edifício gigantesco foi carinhosamente apelidado de “Friendly Alien” (alienígena amigável, em tradução livre), por seus criadores e a sua forma incomum biomórfica difere radicalmente dos museus convencionais.

O museu Kunsthaus da cidade de Graz, na Áustria, é uma estrutura orgânica de formato único que se destaca entre a arquitetura história da cidade — Foto: Isiwal/Wikimedia Commons
O museu Kunsthaus da cidade de Graz, na Áustria, é uma estrutura orgânica de formato único que se destaca entre a arquitetura história da cidade — Foto: Isiwal/Wikimedia Commons

Elevada acima do solo, a estrutura cria um espaço público transparente abaixo. Dois deques de exposição principais, conectados por mezaninos, são fechados por uma membrana que varia em transparência, permitindo luz natural enquanto fornece controle ambiental. Os visitantes são guiados por uma esteira rolante que atravessa a parte inferior do edifício para chegar aos níveis superiores.

No interior, divisórias modulares permitem a criação de espaços flexíveis e sem colunas que podem acomodar diversas exposições – de instalações em larga escala a exibições multimídia.

O destaque do edifício, no entanto, é a fachada. Composta por 1.288 painéis de acrílico iridescentes, ela funciona como uma tela, transformando a arquitetura do museu em uma potencialidade comunicativa.

As animações, os padrões e as mensagens exibidas nesta tela confundem os limites entre arquitetura e mídia digital, permitindo que o edifício se envolva diretamente com seu entorno urbano.

O edifício se comporta como um organismo vivo, reagindo ao seu ambiente e convidando à interação de maneiras inesperadas — Foto: Isiwal/Wikimedia Commons
O edifício se comporta como um organismo vivo, reagindo ao seu ambiente e convidando à interação de maneiras inesperadas — Foto: Isiwal/Wikimedia Commons

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